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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Hoje foi dia dos Avós

Na pessoa do nosso sacristão, Sr. Manuel, lembramos todos os avós da paróquia

DIA DOS AVÓS
Nesta segunda-feira dia 26 de Julho, a Igreja celebra Sant’Ana e São Joaquim, que, segundo a tradição cristã, são os pais de Maria, a mãe de Jesus. Por isso, neste dia, a Igreja recorda a importante, e até mesmo fundamental missão, que os avós exercem no seio das famílias. É a tradição, cultura, civilização que os sábios transmitem aos mais novos. Quando perdemos esse elo a realidade do mundo perde também suas raízes.
O Santo Padre, Bento XVI, na sua mensagem do ângelus do ano passado, já recordava que “nas famílias os avós são muitas vezes testemunhas dos valores fundamentais da vida”. Entre outras ideias, o Santo Padre recordou que “o papel educativo dos avós é sempre muito importante” e torna-se ainda mais, quando, por várias razões, os pais não conseguem dedicar um tempo adequado para seus filhos.
Sem dúvida, algo muito importante parece estar a faltar na vida das crianças de hoje, é o sentido da família, dos valores, das crenças e dos princípios religiosos. Com a mudança dos tempos e mudança das mentalidades, mesmo as crianças têm começado a questionar a autenticidade de tudo, inclusive as verdade de fé, principalmente pelas rupturas com os valores que deveriam ser transmitidos pela geração anterior.
A globalização, levou à perda das culturas locais, corroeu o sentimento de pertença e de identidade das pessoas e dos grupos sociais, dentre eles a família.
Criou-se um ambiente de instabilidade, em que, por vezes, a verdade e o absoluto passam a ser ameaças ao nosso suposto direito ao livre pensamento e ao império da liberdade absoluta. Neste contexto, surgem os avós como uma força, um tesouro, e dentro deste quadro também de insegurança, de uma importância vital para a felicidade e para o bem estar da família.
Muitas vezes, as antigas tradições e memórias da família podem ser compartilhadas e transferidas para as novas gerações, certamente pela presença acolhedora dos avós. Um relacionamento amoroso entre avós e crianças ajuda a cultivar a confiança e uma auto-imagem positiva para a geração mais jovem.
Como não lembrar a figura da avó ou do avô que ensina o neto ou a neta as orações, as tradições familiares e religiosas recordando passagens significativas da vida de Jesus. Os avós compartilham a sua fé, o que os pais, devido à configuração económica de hoje, pela correria da vida, muitas vezes, não conseguem ter tempo para formar os filhos. Os avós trazem o sentido da continuidade e da estabilidade numa sociedade onde os jovens convivem quotidianamente com o descartável e com a falta de compromisso e de palavra.
Muitas crianças passam mais tempo com os avós do que com os próprios pais. Ora, isso revela, como hoje a presença viva dos avós na educação dos netos tem muita importância e ganha especial significado sociológico.
Uma segunda reflexão que fazemos neste dia dos avós é a questão do respeito aos idosos, e principalmente o seu acolhimento no ambiente familiar. Os filhos devem propor às gerações mais novas uma atitude de sincero respeito pelos mais velhos. Assim, constrói-se um ambiente propício ao acolhimento, ao carinho e desperta nos jovens sentimentos de bondade e de atenção em relação aos idosos.
O Papa João Paulo II dirigindo-se aos idosos em audiência pública de 23 de Março de 1984, disse: “Não te deixes contaminar pela atração da solidão interior. Apesar da complexidade dos teus problemas, as forças gradualmente a enfraquecer e apesar das insuficiências das organizações sociais, os atrasos da legislação oficial, incompreensões de uma sociedade egoísta, não estás nem te deves sentir à margem da vida da Igreja, como elemento passivo num mundo em movimento excessivo, mas sujeito activo de uma espiritualidade fecunda dentro da existência humana. Tu ainda tens uma missão a cumprir e uma contribuição a dar”.
No documento “Dignidade e Missão dos Idosos na Igreja e no Mundo”, emitido pelo Conselho Pontifício para os Leigos, datado de Outubro de 1998, explicita-se muito bem que “a comunidade eclesial é chamada a responder a uma maior participação dos idosos”.
O documento enumera algumas destas participações: a atividade caritativa; uma vida de apostolado, principalmente na catequese e no testemunho de vida cristã; nos diversos movimentos eclesiais e na vida da comunidade paroquial. E também na Liturgia onde contribuem efetivamente para uma sadia manutenção de muitos lugares de culto.
Não se pode esquecer a dimensão da oração e da contemplação em que os idosos dão excelente testemunho na vida da Igreja.
Ainda do magistério de João Paulo II destacamos o que disse aos participantes do Fórum Internacional sobre o Envelhecimento, em 1980: “as pessoas mais velhas, devido à sua sabedoria e experiência, fruto de uma vida, entram numa fase de extraordinária graça, abrindo-lhes novas oportunidades de oração e de união com Deus. Novas virtudes espirituais são concedidas que os disponham a pô-los ao serviço dos outros, tornando a sua vida numa oferta ao Senhor e fervoroso doador de vida”.
Assim, desejamos celebrar este dia dedicado aos avós abraçando-os afetuosamente e encorajando-os a manter viva na mentalidade dos seus netos os valores do Evangelho e as mais vivas tradições da nossa fé católica.
Que todos possam estar mobilizados no acolhimento dos idosos, seja no seio na família, seja no meio eclesial. Que Sant’Ana e São Joaquim sejam intercessores de todos os avós para que estes cumpram com vigor e com a graça de Deus a sua fundamental missão junto aos jovens e a seus parentes.


(Excerto da rádio vaticano)

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