domingo, 25 de fevereiro de 2018
Se bem me lembro... HOJE É DOMINGO!
Como diria Vitorino Nemésio…
Se bem me lembro…
Hoje é domingo.
Como antigamente se dizia, dia do Senhor.
Dia de ouvir o sino que, do alto da torre convidava antecipadamente para a missa.
Dia de vestir “roupa nova”, que, a maior parte das vezes, de nova, não tinha nada.
Dia de ir cedo para a missa para receber e acolher o Sr. Prior que chegava de bicicleta.
Dia de comentar a sabedoria dos seus “sermões”. Que bem que falava! Diziam…Algumas vezes, de tão dramáticos e ameaçadores, até comoviam as “beatas”!
Dia de ficar a leiloar os pés de porco oferecidos pela proteção dos animais.
Dia de uma refeição mais aconchegada.
Dia das mulheres se sentarem na soleira das portas em amenas cavaqueiras pela tarde fora.
Dia dos namorados “arrulharem”, sempre “debaixo de olho”, não fosse o diabo tecê-las (como se o diabo tivesse alguma coisa a ver com isso ou fosse vendedor de “fruta” ou “legumes”).
Dia da catraiada e alguns já mais crescidotes, descalços para não estragar as botas ou as xancas, jogarem à bola no largo do lugar até ao anoitecer; a bola, feita de farrapos ou do “bucho do porco”, fazia as delícias dos “craques”.
Dia de tardes de sueca, com alguns amendoins e tremoços pelo meio, bem regados com o “tinto” ou com “branquito”, já que, a “água pé”, era companhia assídua nos outros dias da semana.
Ah, para os “miúdos”, também era dia da saborosa “laranjada” da marca “bussaco”, ou até da, mais barata, “gasosa”.
Era dia do Pirolito!
E, satisfeitos, chegados à noitinha, todos regressavam a suas casas para “acolher as ovelhas e as cabras”, “dar ao gado” e “sossegar as tropas”, pois na segunda-feira, já seria dia de “picaboi”.
E esta hein?! Como diria Fernando Pessa
Perguntam os mais novos:
E quem são o Vitorino Nemésio e o Fernando Pessa?
E nós, (muito) mais velhos, balbuciamos um pouco incrédulos perante tal desconhecimento:
Homessa! Estudem!
oiapontoponto
terça-feira, 20 de fevereiro de 2018
Correr o Risco
Rir é correr o risco de parecer tonto.
Chorar é correr o risco de parecer sentimental.
Estender o braço para agarrar no outro é arriscar envolver-se.
Mostrar os próprios sentimentos é correr o risco de nos mostrarmos a nós mesmos.
Expor ideias ou sonhos diante de uma multidão é arriscar perdê-los.
Amar é correr o risco de não ser correspondido.
Viver é arriscar a morrer.
Ter esperança é arriscar a perdê-la.
Mas é preciso correr riscos! Porque o maior perigo da vida é não arriscar nada.
Se não fizeres nada, se não arriscares nada, a tua existência obscurece.
É provável que deste modo evites o sofrimento, mas não vais aprender, sentir, mudar, amar… nem viver.
Acorrentados a uma atitude de medo, convertemo-nos em escravos… e perdemos a liberdade.
Apenas és livre se arriscares.
Em “A Bússola Interior” de Alex Rovira
Neste dia de aniversário, um grande obrigado do
oiapontoponto
Muitos "dos", "das" e "des" salpicados de alguma sabedoria
Em dia de aniversário,
Muitos “dos”, “das” e “des” salpicados de alguma sabedoria:De Oiã, para Oiã
De Oiã, para o mundo
Para que do mundo, possa vir para Oiã
De mim, para mim
De mim, para o grupo
Para que, do grupo, possa vir para mim
Da família, para a família
Da família, para a escola
Para que, da escola, possa vir para a família
Do fácil, para o fácil
Do fácil, para o complexo
Para que, do complexo, possa fazer o fácil
Mas ainda há mais “dos” e “das”,
“Dos”valores e dos amores“Das” amizades e das maldades
Da resiliência e da persistência
Da prosa, com ponto
Do poema, sem conto
Para oia com ponto
Do ponto… para o oiapontoponto
Com estas palavras sem jeito
Algum tempo te tomei
Mais podia ser feito
Mas,... Desculpa... já acabei!
Assinado: oiapontoponto
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