Na travessia mais difícil, temos sempre, no horizonte, um farol que nos ilumina, mesmo que pequeno seja
Era uma vez uma família.
Jovens ainda, juntaram os trapinhos e sonharam com uma vida feliz.
Televisão, muito pouca; rádio, às vezes; horas e horas à saudosa lareira; de candeia ligada lá se ía consumindo o “pitrol".
Jovens ainda, juntaram os trapinhos e sonharam com uma vida feliz.
Televisão, muito pouca; rádio, às vezes; horas e horas à saudosa lareira; de candeia ligada lá se ía consumindo o “pitrol".
Orações e terços faziam parte do dia a dia, ou melhor, de todas as noites.
Como o tempo de aconchego entre as mantas era muito, também os filhos foram nascendo naturalmente.
Como o tempo de aconchego entre as mantas era muito, também os filhos foram nascendo naturalmente.
Era e são um dom dos céus. “Somente” cinco; tantos quantos os dedos de uma mão. E mais poderiam ter sido, não fossem as “cautelas”.
Criados e educados no calor do amor fraternal.
Dava gosto vê-los, especialmente nesta época do Natal. A família unida era a menina dos olhos deste casal.
Hoje, já adultos, seguiram os conselhos dos nossos atuais governantes. Quem está mal muda-se! E quem, no seu país não tem “cabidela” que se mude.
Empregos e trabalhos, foram conseguidos por outras bandas.
Criados e educados no calor do amor fraternal.
Dava gosto vê-los, especialmente nesta época do Natal. A família unida era a menina dos olhos deste casal.
Hoje, já adultos, seguiram os conselhos dos nossos atuais governantes. Quem está mal muda-se! E quem, no seu país não tem “cabidela” que se mude.
Empregos e trabalhos, foram conseguidos por outras bandas.
Um nos mares dos Açores subindo a “Pico” as dificuldades da vida, outro na sempre linda Madeira, outro por terras da vizinha Espanha, da qual já se conseguem bons casamentos, outro nas mesas serviçais Algarvias "parlando" os ainda deficientes francês e inglês e outro ainda por terras Angolanas na reconstrução daquelas paragens.
A mãe, professora de profissão, já tinha rumado a terras alentejanas de Gavião, à espera de mais uns anitos para a aposentação, se ainda existir quando lá chegar.
O pai, esse que vos escreve estas linhas, já aposentado, olha a solidão que o rodeia e "vê" sons do silêncio ensurdecedor das paredes vazias da casa, que outrora era da família, mas que, hoje, é de um homem só.
A mãe, professora de profissão, já tinha rumado a terras alentejanas de Gavião, à espera de mais uns anitos para a aposentação, se ainda existir quando lá chegar.
O pai, esse que vos escreve estas linhas, já aposentado, olha a solidão que o rodeia e "vê" sons do silêncio ensurdecedor das paredes vazias da casa, que outrora era da família, mas que, hoje, é de um homem só.
O Natal estava quase a chegar.
O velhote iluminou a casa por fora. Presépio antigo mas sempre acolhedor voltou a ser construído. Tudo estava pronto. Para que tudo fosse perfeito, só faltava que os “emigrantes” “imigrassem”.
A ansiedade foi tomando conta do coração. As viagens começavam a ser preparadas.
A mãe foi a primeira a chegar no seu velhinho automóvel, e o calor da fogueira do amor maternal inundou esta casa.
Eis se não quando, com tudo preparado, as notícias dos mais novos começaram a não ser as melhores.
Os ventos laterais dos preços da TAP inviabilizaram as viagens dos ilhéus, que de tantas (in)facilidades foram obrigados a não levantar voo.
Os (in)direitos dos maquinistas da CP, em greve, deixaram o “algarvio” a olhar para os carris.
A “crise” por terras de Camões, começou a fazer das suas.
O “madrileno” por lá ficou em trabalho que não podia esperar, pois, as festas, por aqueles lados, são só lá para os “reis” e o TGV, prometido pelos anteriores governantes, ainda não partiu, nem de Santa Apolónia nem de Atocha.
Restava o “angolano” que, via SATA, lá chegou, a tempo de acender as velas do amor familiar.
Mas, as novas tecnologias e a vontade de todos via skype deram mais luz ao Natal da Família, que, mesmo separada na distância, cantou a alegria do nascimento do Deus menino.
O velhote iluminou a casa por fora. Presépio antigo mas sempre acolhedor voltou a ser construído. Tudo estava pronto. Para que tudo fosse perfeito, só faltava que os “emigrantes” “imigrassem”.
A ansiedade foi tomando conta do coração. As viagens começavam a ser preparadas.
A mãe foi a primeira a chegar no seu velhinho automóvel, e o calor da fogueira do amor maternal inundou esta casa.
Eis se não quando, com tudo preparado, as notícias dos mais novos começaram a não ser as melhores.
Os ventos laterais dos preços da TAP inviabilizaram as viagens dos ilhéus, que de tantas (in)facilidades foram obrigados a não levantar voo.
Os (in)direitos dos maquinistas da CP, em greve, deixaram o “algarvio” a olhar para os carris.
A “crise” por terras de Camões, começou a fazer das suas.
O “madrileno” por lá ficou em trabalho que não podia esperar, pois, as festas, por aqueles lados, são só lá para os “reis” e o TGV, prometido pelos anteriores governantes, ainda não partiu, nem de Santa Apolónia nem de Atocha.
Restava o “angolano” que, via SATA, lá chegou, a tempo de acender as velas do amor familiar.
Mas, as novas tecnologias e a vontade de todos via skype deram mais luz ao Natal da Família, que, mesmo separada na distância, cantou a alegria do nascimento do Deus menino.
Mas, acreditamos que sempre virá uma onde de entusiasmo que nos levará mais longe
Alegres e contentes saboreámos os dias natalícios com a certeza de que a família se continua a construir na proximidade, no apoio e no reforço desta célula nuclear sustentadora de uma sociedade mais humana e mais justa.
Todavia, ontem, pela voz da “Crista(s)” ouvimos dizer que a lei do arrendamento facilita a mobilidade, com o argumento de que ter casa própria, em local fixo, é obstáculo para a vida.
Quanto aos arrendamentos que haja justiça entre inquilinos e proprietários.
Quanto ao resto, para nós, é mais uma machadada na família e nos laços que unem os seus membros, neste dia em que celebramos a família.
O Ser Família, com todos os valores que isso encerra, para nós, continua a ser intocável!
oiapontoponto
Todavia, ontem, pela voz da “Crista(s)” ouvimos dizer que a lei do arrendamento facilita a mobilidade, com o argumento de que ter casa própria, em local fixo, é obstáculo para a vida.
Quanto aos arrendamentos que haja justiça entre inquilinos e proprietários.
Quanto ao resto, para nós, é mais uma machadada na família e nos laços que unem os seus membros, neste dia em que celebramos a família.
O Ser Família, com todos os valores que isso encerra, para nós, continua a ser intocável!
oiapontoponto