É VIDA? Então vive sem limites, mas... COM VALORES!

É VIDA? Então vive sem limites, mas... COM VALORES!
Não há vida sem água, mas de nada serve a água se não houver vida.

"dar um pouco mais"

Vem - Aparece - Dá-te, e, juntos, faremos os caminhos da vida mais agradáveis

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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Era uma vez uma família



Na travessia mais difícil, temos sempre, no horizonte, um farol que nos ilumina, mesmo que pequeno seja


Era uma vez uma família.
Jovens ainda, juntaram os trapinhos e sonharam com uma vida feliz.
Televisão, muito pouca; rádio, às vezes; horas e horas à saudosa lareira; de candeia ligada lá se ía consumindo o “pitrol".

Orações e terços faziam parte do dia a dia, ou melhor, de todas as noites.
Como o tempo de aconchego entre as mantas era muito, também os filhos foram nascendo naturalmente.

Era e são um dom dos céus. “Somente” cinco; tantos quantos os dedos de uma mão. E mais poderiam ter sido, não fossem as “cautelas”.
Criados e educados no calor do amor fraternal.
Dava gosto vê-los, especialmente nesta época do Natal. A família unida era a menina dos olhos deste casal.
Hoje, já adultos, seguiram os conselhos dos nossos atuais governantes. Quem está mal muda-se! E quem, no seu país não tem “cabidela” que se mude.
Empregos e trabalhos, foram conseguidos por outras bandas.

Um nos mares dos Açores subindo a “Pico” as dificuldades da vida, outro na sempre linda Madeira, outro por terras da vizinha Espanha, da qual já se conseguem bons casamentos, outro nas mesas serviçais Algarvias "parlando" os ainda deficientes francês e inglês e outro ainda por terras Angolanas na reconstrução daquelas paragens.
A mãe, professora de profissão, já tinha rumado a terras alentejanas de Gavião, à espera de mais uns anitos para a aposentação, se ainda existir quando lá chegar.
O pai, esse que vos escreve estas linhas, já aposentado, olha a solidão que o rodeia e "vê" sons do silêncio ensurdecedor das paredes vazias da casa, que outrora era da família, mas que, hoje, é de um homem só.

Entre montanhas de dificuldades, lá ao fundo, há um lago acolhedor!


O Natal estava quase a chegar.
O velhote iluminou a casa por fora. Presépio antigo mas sempre acolhedor voltou a ser construído. Tudo estava pronto. Para que tudo fosse perfeito, só faltava que os “emigrantes” “imigrassem”.
A ansiedade foi tomando conta do coração. As viagens começavam a ser preparadas.
A mãe foi a primeira a chegar no seu velhinho automóvel, e o calor da fogueira do amor maternal inundou esta casa.
Eis se não quando, com tudo preparado, as notícias dos mais novos começaram a não ser as melhores.
Os ventos laterais dos preços da TAP inviabilizaram as viagens dos ilhéus, que de tantas (in)facilidades foram obrigados a não levantar voo.
Os (in)direitos dos maquinistas da CP, em greve, deixaram o “algarvio” a olhar para os carris.
A “crise” por terras de Camões, começou a fazer das suas.
O “madrileno” por lá ficou em trabalho que não podia esperar, pois, as festas, por aqueles lados, são só lá para os “reis” e o TGV, prometido pelos anteriores governantes, ainda não partiu, nem de Santa Apolónia nem de Atocha.
Restava o “angolano” que, via SATA, lá chegou, a tempo de acender as velas do amor familiar.
Mas, as novas tecnologias e a vontade de todos via skype deram mais luz ao Natal da Família, que, mesmo separada na distância, cantou a alegria do nascimento do Deus menino.


Às vezes os obstáculos parecem intransponíveis.

Mas, acreditamos que sempre virá uma onde de entusiasmo que nos levará mais longe

Alegres e contentes saboreámos os dias natalícios com a certeza de que a família se continua a construir na proximidade, no apoio e no reforço desta célula nuclear sustentadora de uma sociedade mais humana e mais justa.
Todavia, ontem, pela voz da “Crista(s)” ouvimos dizer que a lei do arrendamento facilita a mobilidade, com o argumento de que ter casa própria, em local fixo, é obstáculo para a vida.
Quanto aos arrendamentos que haja justiça entre inquilinos e proprietários.
Quanto ao resto, para nós, é mais uma machadada na família e nos laços que unem os seus membros, neste dia em que celebramos a família.
O Ser Família, com todos os valores que isso encerra, para nós, continua a ser intocável!
oiapontoponto

domingo, 11 de dezembro de 2011

Parabéns ao Padre Mário em dia de aniversário sacerdotal

Preparar é uma tarefa árdua. Pressupõe a capacidade de sonhar mas exige fidelidade a um trabalho que fica na sombra. Muitos desistem porque só valorizam o que se vê, outros fazem "em cima do joelho", alguns avançam sem ter em conta a realidade. Quantas obras deram em nada porque foram mal preparadas? Quantos desastres poderiam ter sido evitados com uma preparação cuidada? E quanto avançaríamos se valorizássemos o trabalho que outros fizeram, em vez de destruir o que não tem a nossa assinatura?!
Os caminhos que o Advento pede para preparar são caminhos dentro da alma e dentro da sociedade. Poucas coisas se mudam por decreto, e muito menos aquelas que mexem no fundo da alma. Mas é aí o lugar onde Deus pode morar. Por isso nasce pequenino!

rr

Já ouvimos tudo isto do nosso pároco!

Preparado a preparar os outros

Capacidade de sonhar e de fazer sonhar

Fidelidade a princípios e valores

Realista, atento e perspicaz


Lendo com atenção em dia de comemoração de três anos entre nós



Autenticidade



Genuinidade contagiante


Afinando a voz em dia de encerramento da visita Pastoral



Pergunta o pároco ao Joaquim; «já se notam as "brancas"?»



Captando imagens para o facebook paroquial


Bem vindos a mais um ano de catequese



Sempre de braço dado com os escuteiros

Unidos são mais fortes


Jovens - Preocupação desde o primeiro dia



para a criançada, alegria a rodos



«Sr. Presidente da Câmara e Sr. Bispo, ajudem lá a tirar este pano vermelho, que eu gosto mais do "azul" »


Um dos objetivos foi conseguido em tempo record


Explicando ao povo os valores que o monumento incorpora



"Braços abertos para acolher"



Em oração



«Meninos, xiiiiuuuuu, que o Sr. Bispo tá a falar»



No final da visita pastoral, o cansaço físico vestiu-se de satisfação, plasmada no rosto alegre do nosso pároco


Com mérito e trabalho centrou o dia do padroeiro no calendário paroquial, fazendo contínuo apelo a esta família de famílias que deve ser a igreja em Oiã



"Obrigado"

Uma das palavras que mais sabiamente utiliza

Padre Mário, neste dia, lhe endereçamos sinceros parabéns pela passagem de mais um ano de serviço e entrega. É muito comum, as palavras de gratidão e de agradecimento só serem ditas depois de se ausentarem os seus destinatários. Por nós e porque pór nós se dá, aqui deixamos um grande abraço de agradecimento.


"PORTANTO, muito obrigado POR TANTO"

sábado, 3 de dezembro de 2011

Mais frágeis, mais unidos!



Reza a história do Mundo que quando estamos mais frágeis somos mais unidos.

Quero acreditar que em momentos de crise, de fragilidade e de instabilidade, as pessoas se unem e acreditam mais nos valores que por vezes, os sacos de presentes e o cansaço que antecede o Natal fazem esquecer.

Quero acreditar que podemos aprender com este momento.

Quero acreditar que este é um Advento com mais significado.

Quero acreditar que todos os Natais podem ser vividos de uma forma diferente: com homens e mulheres mais fortes, mais unidos mais crentes, na fragilidade de um momento difícil, delicado e precário.
rr
oiapontoponto

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Apreciando Oiã

Aquela caminhada diária de cerca de uma horita, levou-nos a, calmamente, dar uma volta em redondo pela nossa vila.
Inicio junta da Igreja.
Não resistimos e entrámos. Quedámo-nos por instantes no interior e ouvimos o silêncio imponente da talha dourada."Ele" nos susurrou ao ouvido (que já só ouve com a ajuda do "milagroso" aparelho auditivo): Menino, aqui é casa do Pai. Diz-lhe ao menos bom-dia!



Assim fizemos e, envergonhados mas corajosos, lá fomos.





Descendo os degraus poentes abrimos a pestana de regalo. Pequenito, simples, mas cheio de simbologia e gratidão, lá estava o monumento ao Padre Abel de boa memória.

Havia festa! era em honra do Padroeiro S. Simão, mas como o nossa obrigação era a caminhada, lá continuámos estrada fora






Atravessando a nova Travessa Padre Abel, fomos ter à Rua Fonte do Lugar, que nos levou até ao Parque do Vieiro, passando em frente aos antigos e saudosos "Os Maias". E, chegados ao parque, não é que os patitos tinham "pago" a refeição! Lá estavam todos à "mesa" num grande repasto!

Rumando a poente, fomos rever tempos de escola e de escolas. A de cima e a de baixo. Bonitas e cuidadas que elas estão. Bem haja a quem se lembrou de cuidar das memórias.




Na de cima, a comissão de melhoramentos promove animação e ocupação, especialmente música e dança.



Se tens jeito, inscreve-te!
Na de baixo, a sede dos "aceleras" com inauguração marcada para breve. Algumas marcas de pneus na estrada era a confirmação que motas ali tinham passado!
Satisfeitos, lá continuámos a caminhada.




"Entortámos" pelas cavadas e, subindo, subimos o parque apreciando as flores que saudavam os caminhantes

Como a transpiração já perturbava, molhando a farta caleira já grisalha, ainda pensámos em dar um mergulho nas águas limpas da piscina.
Mas... faltou coragem! Ela, a água, estava muito fria!
Ficou para outra altura!

Com a refeição feita a "patada" namorava aos pares!


Pés a caminho, fomos ter à Junta de Freguesia



Espreitámos e vimos que a vila já tem uma sede condigna, auditório com dignidade, sala de exposições e biblioteca para novos e velhos
O brasão da vila, lá do alto, disse-nos: Estás em Oiã!

A caminhada também deu para estarmos informados do horário da biblioteca


E, regressados ao largo da Igreja, com algumas "bolhas" nos calcanhares, apanhámos o avião de regresso a casa, e lá de bem alto,...
APRECIÁMOS OIÃ, a começar pelo largo S. Simão!



oiapontoponto

Em Oiã, faça STOP no novo STOP

O STOP de Oiã tem novas instalações
"restos" do STOP antigo


O Stop antigo... já era

Qem não se lembra do célebre "bife à Stop"?


Em Oiã, faça STOP no STOP








Perdidos do amor e do valor

“Há dias e dias”, dizemos.
Há dias em que se “acorda com os pés de fora”.

Há dias em que “mais vale não nos levantarmos”, desabafamos, por vezes, quando parece que o Sol nasce para os outros, não para mim.




Há dias em que preciamos que nos acendam o coração


Há dias – e para tantos de nós, são tantos os dias – em que os dias são como a noites; vivemo-los como que adormecidos ou então sentimos o desconforto das insónias e dos pesadelos.

Há dias em que nos sentimos desfalecer, arrastamos os pés, olhamos para o chão, sem energia, sem expectativa, sem vontade de “cuidar da vida”.

Há dias em que a vida nos foge e nos sentimos traídos, perdidos no silêncio da solidão, perdidos do amor e do valor que significamos para alguém.




Há dias em que o coração queima de impotência perante tanta contrariedade


Há dias – e hoje pode ser um deles – em que das pedras poderemos fazer pão e do escuro da noite fazer caminho a percorrer, na esperança de que a marcha nos poderá levar de aurora em aurora e não deixará que as sombras e a lassidão resignada ofusquem o dia.
Isabel Varanda