Não deixes que a vida passe em branco!
ponto de partida, ponto de chegada
PERDOAR, DESCULPAR, SEM ESQUECER, É POSSÍVEL!
Muitas vezes ouvimos
a pergunta: «Como é possível perdoar se não consigo esquecer?» Sabemos que esta
é uma dificuldade real: Há situações existenciais e psicológicas, em que o
esquecimento é de todo impossível.
As feridas tocaram
tal profundidade do nosso ser que, ainda que o desejemos muito, não conseguimos
cancelar da nossa memória essas experiências dolorosíssimas.
Mas a pergunta que
associa o perdão ao esquecimento precisa de ser desconstruída. O esquecimento
não é condição para o perdão. Podemos perdoar mesmo aquilo que não pode ser
esquecido. O que é o perdão, então? O perdão é um ato unilateral de amor. É
acreditar que a lógica do amor é superior à lógica da violência. É dar ao outro
não o que ele mereceria pelo que praticou, mas aquilo que está no coração de
Deus. Perdoar é acreditar no valor da reconciliação por si mesma. E, depois,
viver assim.
Aos poucos
perceberemos que já estamos livres, já estamos desprendidos, já não estamos
agarrados a uma coisa que aconteceu.
O nosso coração não
tem de ser um inverno gelado e implacável. A vida é chamada a um degelo. Ela
está prometida a uma realidade transformada, a um reflorescimento, a uma
revitalização.
Os nosso olhos
nasceram para avistar não a cinza dos escombros, mas novos céus e nova terra.
Fonte: JTM
Passam horas, passam dias, passam anos!
Vamos embora é tarde, tão tarde; nem demos porque o tempo já passou.
Alguma coisa em nós se vai perdendo, alguma coisa em nós se encontrou.
Vamos contar que há amanhã, para tudo o que ainda não foi dito. Até ver, vamos lá viver.
Passam horas, passam dias, horas nossas que lá vão; uns passam, outros ficam, não vão.
Quem está, quem foi embora, num abrir e fechar da hora; quem faz connosco a vida, não demora.
Uma andorinha cantando, cantando à vida; poisada no beiral da cantiga.
Que é este canto maior, que faz do tempo uma voz, tecendo os dias em nós!
Passam horas, passam dias, horas nossas que lá vão!
Uns passam, uns outros ficam!
Fonte: navegante