É VIDA? Então vive sem limites, mas... COM VALORES!

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quarta-feira, 23 de julho de 2014

SONS!

Sons
Um, dois, três som.
Som; som; som.
Um, dois, três, experiências, som.
Som; som!
Quantas vezes ouvimos este som de sons?
São sons!
Uns mais familiares que outros.
Uns mais agradáveis, outros menos melodiosos.
Mas não deixam de ser sons.
Todos são sons.
O som do chilrear da passarada que hoje, nesta terra, não ouço.
O som do toque do sino da Igreja que, hoje, não chega por estar muito longe.
O som do crepitar da lenha que, aqui, não se acende.
O som do riacho que já não o é.
O som da onda que não cresce.
O som do trator que não lavra.
O som da peixeira que não vende.
O som das máquinas de sulfatar que se calaram.
O som do comboio que não chega.
O som do avião que foge.
O som do farol que já se calou.
O som da inércia que ainda não se emudeceu.
Tudo são sons, que, mesmo adormecidos no real, continuam a debitar decibéis nos tímpanos já gastos deste velho ancião.
Há silêncios que, de tanto som emitirem, me ensurdecem.
Hoje, fui acordado pelo som do martelo pregando pregos na madeira de muita obra que vejo a crescer.
Que bom ouvir este som!
Que saudades deste som!
Som das gruas entre sobe e desce de materiais.
Som das "bocas" malandrecas dos trolhas, que lá do alto, vão, de soslaio, apreciando a moçoila bem jeitosa que passa na rua. 
São sons do hoje, aqui e agora.
Sons que me chegam da nossa terra que, ontem, acolheu o passado António e o futuro António.
São sons que hoje e aqui, ouço.
São sons dos quais já tinha saudades!
Afinal, velho, ainda ouço!
Como bom português, se for "toma", ouço bem, mas se for "dá cá", é difícil entrar na audição já bem "martelada" da "bigorna" e do "estribo" que, a espaços, ainda vão funcionando.
São os afetos do som e o som dos afetos que me enchem a alma.
Estivemos sem som durante algum tempo.
Alimentados pela vitamina da vida e da persistência, estamos regressando lentamente aos sons deste som que é o som do oiapontoponto.
Bons Sons para todos com um até já.

oiapontoponto

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