Uma noite de oração era a proposta e à porta daquela igreja, alguns jovens entregavam pequenas velas e pedaços de corda a todos os que chegavam.
Lá dentro sentia-se a agitação própria de quem sonhou e trabalhou para que algo acontecesse.
E para os jovens não há limites nem cuidados.
Mostraram as imagens mais duras da miséria no mundo e questionaram a nossa capacidade de permanecermos indiferentes ao que se passa à nossa volta.
Pediram-nos que déssemos nós naquelas pequenas cordas e bastaram alguns minutos, para se fazer uma única corda, uma teia, que uniu toda aquela assembleia, num sinal evidente de que só em comunidade faz sentido ser cristão. Pediram-nos que acendêssemos as pequenas velas e com elas traçaram uma cruz, num sinal evidente da Tua presença.
Pediram-nos que ouvíssemos histórias de vidas.
Vidas tocadas pela solidão, pela fome, pelo sofrimento.
Peço-Te que nos ajudes a transformar aquelas cordas em olhares atentos, aquelas velas em sorrisos, sem medo de estendermos as nossas mãos e abraçar quem sofre.
Peço-Te, Senhor, por todos aqueles jovens que numa noite fria e escura conseguiram fazer-nos sentir o calor da Tua presença, a luz luminosa da Tua vida.
Isabel Figueiredo
oiapontoponto
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