É VIDA? Então vive sem limites, mas... COM VALORES!

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quinta-feira, 3 de março de 2011

Tertúlias à Quarta com António Marujo

Nas tertúlias à quarta, desta vez, foi a vez de António Marújo, que abordou a temática: "O que comunica a comunicação social?" " E a Igreja sabe comunicar?"


O comunicador comunicou e, comunicando, deixou várias ideias, umas mais incisivas que outras.
Desta tertúlia algumas ideias ficaram e que a seguir aqui deixamos, sendo que, perante a mesma realidade várias interpretações ou leituras poderão ser feitas.
Da nossa parte induzimos e captámos o seguinte:
Vários interesses se sobrepõe ao que deve ser notícia.
Os interesses económicos, normalmente tomam a dianteira, e o cidadão "consome" o que lhe vendem; não tem grande sentido crítico em relação à informação que lhe é dada.
Até a identidade do verdadeiro jornalista, está cada vez mais a ser colocada em causa.
A igreja em Portugal já aprendeu um bocadito mais a comunicar.
Existe uma grande desconfiança em relação aos jornalistas, a maior parte das vezes, bem sustentada. O inverso também é verdade, com a agravante de alguns jornalistas demostrarem bastante ignorância em relação à vertente religiosa.
Veja-se por exemplo a cobertura que foi feita pelos media portugueses aquando da morte de João Paulo II em contraponto com as Jornadas da Juventude do Papa Bento XVI em Colónia, somente quatro meses depois da morte de João Paulo II. Várias horas de emissão e locução. Páginas e páginas para trasmitirem a notícia. Vários Jornalistas no terreno. Tudo foi disponibibilizado em termos de meios humanos e materias para noticiar a morte. Lamentavelmente, nas Jornadas da Juventude, praticamente a notícia foi ignorada e, jornalistas portugueses, foi muito difícil encontrar, unicamente um ou dois.

Ou estamos dispostos a conversar com as pessoas ou não vamos a lado nenhum. Há necessidade de reformular o tipo de diálogo a estabelecer, de forma a encontrar "vozes" que constroem novos espaços.
Constata-se que a Igreja em Aveiro tem registado significativas evoluções nos últimos tempos.
É preciso hierarquizar o que tem interesse. Aqui temos que ter presente que, em regra geral, da Igreja sabemos o que esperamos. Todavia, da parte da comunicação social não se sabe o que vem e quais os interesses que forçam a venda de determinada notícia. Normalmente as forças económicas ditam as suas leis.
Como é possível transmitir notícia objectiva quando se dispensam jornalistas sérios e credenciados e se contratam dois ou três estagiários para fazer o serviço? Porque é que isto acontece? Será porque os estagiários não discutem os critérios dos chefes?
Perante esta realidade, a Igreja tem que definir a sua estratégia.
Esta mesma Igreja tem tido dificuldade em comunicar.
Tem se visto a Igreja preocupada com o início e com o fim da vida, leia-se, preocupada e interventiva em questões como o aborto e a eutanásia, sendo que, esta mesma Igreja, muitas vezes, esquece-se do "decorrer" a vida, e é aqui que deve centrar a sua atenção e intervenção. Da parte da Igreja ainda há muito a fazer, reformulando a linguagem e a atitude para ir efectivamente aos problemas actuais das pessoas.
"É PRECISO IR AO ENCONTRO"
A estrutura familiar como suporte e transmissora de valores, solidificada no casamento. Esta célula deve ser preparada para os predadores actuais. Vários interesses económicos não dão sossego a quem decide casar. Será que as reuniões que antecedem o matrimónio, preparam os nossos jovens para dizer não a uma cultura de consumismo que está instalada? Parece que, também aqui, a Igreja deve melhorar a comunicação.
Tem faltado à Igreja uma estratégia para a comunicação, faltando dinamismo e solidez institucional paa gerir uma notícia consistentemente. Muitas vezes não e sabe bem o que se quer; faz-se uma navegação à vista, centrando a actuação numa pastoral "bombeiro" reagindo e actuando por reacção.
Na formação que é leccionada nos seminários dever ser incluída, aprofundada e intensificada a vertente da estratégia, assim como a gestão de conflitos e pessoas.
É preciso comunicar de forma direccionada não condicionada, indo ao fundo dos problemas das pessoas. As intervenções públicas são ocasiões extraordinárias para comunicar. Muitas homilias tem um cariz fastidioso e isso não chega às pessoas, contribuindo para algum abandono.
A terminar foi lembrado PauloVI quando afirmou que «O nosso mundo não precisa de mestres. Precisamos de testemunhos»
Temos variadíssimas teses de como mudar o mundo; no entanto...
FALTA QUEM MUDE O MUNDO, cabendo a cada um fazer a escolha certa, sabendo ESCOLHER de que lado queremos estar.
Com opções correctas o mundo vai ser melhor.
oiaponto.

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