A noite já ía alta
Estava escuro como bréu
A objectiva desligada
A mente fechada
Fantasmas por todo o lado
Apreensões quanto ao futuro
A solidão trespassava o peito
Pessimismo a rodos
Nem ao perto conseguiamos "enxergar" nada
Tudo era (muito) negro
De repente,
Um morcego serpenteia pelas nossas cabeças
As pernitas tremeram por uns instantes
O coração quase se soltava do peito
Morcego... já era
Assustados, olhámos ao alto
Incrédulos mas contentes
Descobrimos bem no alto uma companhia
Era a irmã Lua
Ainda tremendo do susto
A lua pareceu-nos distante e pouco definida
Seria dos nervos
Mais calmos
Esfregámos os olhos
Abrimos a pestana
Conseguimos ver contornos bem definidos
e a claridade que nos iluminava
Até parecia de dia!
Pasmados
De boca aberta
Largos minutos de olhos esbugalhados
A contemplar esta maravilha
De tanto tempo que estivemos assim
Os olhos ficaram baços
E a imagem da Lua começou a ficar baça
Parecia mais distante
E fugidia
A lua pareceu-nos distante e pouco definida
Seria dos nervos
Mais calmos
Esfregámos os olhos
Abrimos a pestana
Conseguimos ver contornos bem definidos
e a claridade que nos iluminava
Até parecia de dia!
Pasmados
De boca aberta
Largos minutos de olhos esbugalhados
A contemplar esta maravilha
De tanto tempo que estivemos assim
Os olhos ficaram baços
E a imagem da Lua começou a ficar baça
Novos contornos
Uns melhores,
Mas sempre com o luar por companhia
Umas vezesParecia mais distante
E fugidia
Outras vezes
Era mais chegada
Mais "amiga"
Num ápice...
A escuridão deu lugar à luz
A objectiva transformou-se em objectivo bem definido
o medo foi-se
A apreensão deu lugar à volutividade
Deixámos de estar sós
Os morcegos já não nos assustaram
A alegria interior transbordou
E, enfeitiçados, pela irmã Lua, lá fomos cheios de coragem
Mesmo em tempos de dias difíceis
Ou em dias de tempos difícieis
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