É VIDA? Então vive sem limites, mas... COM VALORES!

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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

“Educando com Segurança”

“Polícias e Ladrões”
Sei bem que o discurso da segurança tem vindo cada vez mais a ter saída.
Em tempo de insegurança, todos vamos atrás de quem promete encontrar mecanismos para fazer do nosso bairro, da nossa terra ou da nossa cidade um sítio mais seguro.
Dizem até que é um discurso de direita. Devo dizer que, quanto a isto, não me pronuncio, porque ainda não percebi o que é isso de esquerda e de direita, já que tenho encontrado homens e mulheres bons com ideais parecidos com os meus, de direita e de esquerda, sendo que eu não sei de que lado estou.
Em todo o caso, começa a ser inquietante para mim que os telejornais abram com notícias de polícias e GNR’s baleados por supostos bandidos, alguns conhecidos, sinalizados e até presos, entretanto libertados.
Num tempo em que tanto se fala de combate ao terrorismo, admito a minha estupefacção perante esta nova forma de atentar contra a ordem.
Admito que, há uma dúzia de anos, não imaginaria a possibilidade de ter que ver abrir um telejornal com notícias de uma autoridade ser baleada por aqueles que supostamente deveria proteger.
É lastimavelmente claro para mim que estamos a colher o fruto de uma educação libertina há muito vigente, social e estruturalmente implantada, segundo a qual parece que a autoridade tem que pedir desculpa por exercer a sua função.
Dito em português de Portugal, quer isto dizer que os pais quase se arrependem de exercer a sua função de pais, estruturando e corrigindo os seus filhos, porque logo vem a sociedade e um psicólogo qualquer dizer-lhes que, coitadinhos, os filhos vão ficar traumatizados.
Na escola, Deus livre o professor de ter uma atitude mais severa perante qualquer aluno que logo vem o paizinho em defesa do filhinho dizer que processa e eventualmente expulsa da sua função aquele que mais não fez que cumprir o seu papel de educador.
Ora quem assim é educado mais não pode que senão achar que é herói. E assim sendo, sente-se no direito de impor a sua regra e a sua vontade, seja onde e a quem quer que seja.
Passámos da repressão à libertinagem. Diz o povo, “do oito ao oitenta”. De um regime de repressão e ditadura para um outro em que a autoridade não existe e quando existe não é respeitada. De uma vez por todas há que por fim a este estado de coisas.
Proponho que se comece por casa. Que as crianças percebam que têm pais e “pais com orelhas”, isto é, capazes de dizer não, quando é não, e sim, quando é sim, sem nunca se arriscarem ao talvez. Que os professores sejam legitimamente dignificados na sua autoridade e que tenham também eles a possibilidade de estruturar educacionalmente os seus alunos, sem que a escola se mantenha apenas como estrutura de transmissão de saberes.
Que a polícia tenha a capacidade de exercer a sua autoridade com a solidariedade activa e efectiva não só dos políticos, mas de toda a sociedade, sendo que se tem que criar em Portugal a mentalidade de que o polícia é, antes de mais, um amigo e um protector ao contrário do que o nosso poder político faz passar e, com atitudes, nos mostra.
Há dinheiro e consequentemente meios para comprar carros topo de gama, computadores portáteis, radares e máquinas para perseguir os cidadãos e deles conseguir receita fácil.
Pelos vistos, porém, esse dinheiro não chega para que os polícias tenham armas adequadas, fardamento capaz e homens e mulheres na rua, fazendo prevenção, para que todos possamos andar mais tranquilos nas ruas do nosso bairro, da nossa aldeia ou da nossa cidade.
Autor: João Paulo

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