
Depois de consultados os "canhanhos" conseguimos apurar que a sua origem resultou de caminhadas, que, curtas ou longas, se tornavam tarefa dolorosa se alguma pedra, mesmo que pequena fosse, entrasse no sapato do caminhante.
Uma pedra no sapato passou a designar uma dificuldade que atrapalha o percurso rumo ao objectivo.
Não conseguimos andar com uma coisa que nos incomoda e, ainda por cima, no local que suporta o corpo e que poderá impedir de andar, ou fazer andar com sofrimento.
Parar, descalçar e retirar a pedra, é a forma mais simples de resolver a dificuldade.
Simples, prático e eficaz.
Depois de retirada a pedra, esquecemos que ela lá esteve e nem sequer nos preocupamos em pensar como é que ela lá foi parar lá.
Já não impede de caminhar, já não causa dor, já não incomoda.
Mas imaginando que não a tiraríamos... aí sim: causaria dor, incómodo, dificultaria a caminhada e, com toda a certeza, iríamos falar dela insistentemente.
E se no dia seguinte fossemos calçar o mesmo sapato? Nessa altura não sacudiríamos a tal pedra? Iríamo-nos sujeitar a que a pedra me causasse mal estar de novo? NÃO!
Ora, isto vem muito a propósito das pedras que trasportamos no sapato da vida.
E, mesmo, sabendo que elas dificultam o percurso, teimamos em não as tirarmos do tal sapato.
Quantas vezes, damos, conscientemente, boleia às pedras do ódio, da inveja e da ingratidão, do orgulho, da vingança e da insatisfação, da arrogância, da petulância e outras pedras terminadas em "ância" como por exemplo a ganância, ou, até outras pedras de nome mentira, abandono dos mais velhos em lares, racismo e discriminação?!
E, se ter uma pedra no sapato, é ter um problema para resolver, não percebemos como, mesmo sabedores desta realidade, continuamos impávidos e teimosos a não tirar estas pedras no nosso sapato da vida.
Vamos acreditar que, um dia, isso irá acontecer, para nosso bem e para o bem de todos os que nos rodeiam, ultrapassando as dificuldades diárias, focalizados no objectivo final:
SER VERDADEIRAMENTE FELIZ NA CONSTRUÇÃO DE UM MUNDO MELHOR!
oiaponto.